Não se pode negar que a família real inglesa vem sendo protagonista de inúmeros escândalos nestes últimos tempos. E um dos primeiros que ocorreram com o Príncipe Andrew da Inglaterra, terceiro filho da rainha Elizabeth II, começou em 2010, quando ele se encontrou com o bilionário Jeffrey Epstein, condenado por tráfico sexual. Hoje, o Príncipe Andrew está envolvido não apenas nesse escândalo sexual, como também em um escândalo financeiro, que também afeta o príncipe Albert de Mônaco.
Escândalo sexual do Príncipe Andrew
Jeffrey Epstein se suicidou em 2019 na prisão onde estava sendo mantido, em Manhattan, mas o Príncipe Andrew continua sendo ligado à rede de tráfico sexual do bilionário – apesar de negar. Em agosto de 2021, o membro da realeza britânica foi acusado de ter abusado sexualmente da socialite Virginia Giuffre, vítima do esquema de Epstein, quando ela tinha 17 anos.
Segundo Giuffre, o filho da rainha Elizabeth II e duque de York é “um dos homens poderosos” a quem ela teria sido “entregue para fins sexuais”. Isso ocorreu entre 2000 e 2002 através da rede de tráfico sexual de Epstein.
“Responsabilizo o príncipe Andrew pelo que me fez. Os ricos e poderosos não estão isentos de prestar contas. Espero que outras vítimas vejam que é possível não viver no silêncio e no medo”, completou Giuffre. Diversas outras vítimas afirmavam que Epstein atraía meninas e as pagava por atos sexuais – e o julgamento corre até hoje, com novas denúncias vindo à tona. Desde 2019, o príncipe Andrew está fora da vida pública, devido ao escândalo.
Príncipe Albert de Mônaco
O príncipe de Mônaco, por sua vez, tem se destacado na mídia recentemente após uma ausência prolongada de sua esposa, Charlene, que começou em janeiro de 2021. Em agosto, a princesa revelou que estava se recuperando de uma infecção respiratória, e que ficaria na África do Sul, o seu país natal, até outubro. Durante esse período, ela teria feito duas cirurgias, no nariz, ouvidos e garganta, e está em recuperação.
Porém, o que chocou as pessoas que acompanham a vida da família real são os rumores de que a princesa Charlene, apesar de ter retornado a Mônaco, parece não estar vivendo no palácio. Em entrevista a um jornal, o príncipe Albert confirmou parte da informação: “Está melhor, mas ainda precisa de descanso e paz. Não está no Principado, mas poderemos visitá-la em breve. Não posso dizer mais, por discrição. Sente fadiga, não só física, que só poderá tratar com um período de descanso e acompanhamento”.
Há também rumores de que há uma crise no casamento, mas nada foi confirmado. Atualmente, o príncipe de Mônaco vem cuidando dos dois filhos, Jacques e Gabriella, de apenas 6 anos de idade.
Novo escândalo financeiro
Em comparação ao Duque de York, que teve o seu nome manchado com o escândalo, a situação de Albert é um pouco menos complicada. No entanto, ambos se envolveram em uma polêmica em comum: um escândalo financeiro.
O jornal ‘Mail on Sunday’ expôs uma troca de e-mails entre o príncipe Andrew e o Palácio do príncipe de Mónaco, onde se vê que o Duque de York pode ter utilizado as suas relações de amizade na realeza para ajudar o milionário David Rowland a abrir um banco no local mais populoso do principado, Monte Carlo. Para quem não sabe, Rowland é um banqueiro e construtor britânico cuja família é a conselheira de investimentos do filho de Elizabeth II.
Entre os e-mails divulgados, há um de 2009, onde um colaborador de Albert conta ao príncipe Andrew: “Respondendo à sua pergunta: quão difícil é obter uma licença bancária no Mônaco? As autoridades monegascas não impedem a entrada de bancos estrangeiros no território. Novos bancos são bem-vindos, desde que atendam aos critérios de experiência e idoneidade.”
O e-mail foi reencaminhado pelo príncipe inglês para o filho de David, Jonathan Rowland: “Aqui está a resposta de Mônaco. Pretendo ir lá em março para falar com Albert, para possamos dar seguimento ao assunto.”
Pouco tempo depois, o banco Havilland iniciou suas operações em Mônaco e Andrew esteve na festa de inauguração. O que todos querem saber é se Albert ganhou alguma coisa com a dívida de 1,5 milhões de euros que Andrew contraiu no banco Havilland de Luxemburgo – já investigado por lavagem de dinheiro.
