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Guerra entre Rússia e Ucrânia chega ao 4º mês, e hoje se concentra no leste do país

A invasão russa à Ucrânia chega ao seu quarto mês, e atualmente o confronto tem se concentrado na região de Donbass, no leste ucraniano. Em comunicado recente, a Rússia deixou claro que será paciente e alcançará seus objetivos pouco a pouco. 

Enquanto isso, Kiev se manifestou apontando que o mundo está presenciando o maior confronto armado no Velho Continente desde o término da Segunda Guerra Mundial. O governo ucraniano também pediu que os aliados ocidentais não adquiram os cereais ucranianos roubados pelas forças russas e que se apressem no envio de armas, para que o país possa continuar se defendendo.

O que dizem as autoridades russas

Na semana passada, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou em entrevista que o governo não está correndo para cumprir prazos ao ser perguntado sobre quanto tempo duraria a chamada “operação militar especial” no país vizinho. Durante seu pronunciamento, o secretário destacou que o objetivo é erradicar 100% do nazismo presente na nação vizinha, senão ele poderia se levantar novamente dentro de alguns anos e de uma forma ainda mais hedionda. No dia 24 de fevereiro, início da invasão, Moscou justificou sua atitude dizendo que iria “eliminar o nazismo” da Ucrânia. 

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, durante uma reunião com outros ministros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, apontou que as forças russas desaceleraram as operações em solo ucraniano propositalmente, visando principalmente reduzir e até evitar possíveis baixas civis. No entanto, ainda foram registrados bombardeios russos em regiões não ocupadas por militares, e a ONU já confirmou que cerca de 4 mil civis foram mortos desde o início da guerra. 

Seguindo a mesma linha de pensamento apresentada por Patrushev, Shoigu também afirmou que Moscou dará continuidade à operação especial até que os objetivos sejam alcançados, apesar de toda a ajuda ocidental que Kiev tem recebido e das sanções que a Rússia tem sofrido desde o início do confronto. 

Donbass

Atualmente o confronto tem se concentrado na região de Donbass. Acredita-se que a Rússia está tentando suprimir as rotas de abastecimento de Severodonetsk e assim conquistar totalmente a região de Lugansk, uma das repúblicas autoproclamadas da Ucrânia. Dmytro Kuleba, chefe da diplomacia da Ucrânia, relatou que o ataque da Rússia à Donbass é implacável, o maior que aconteceu na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial. 

O membro do governo ucraniano também apelou para que os aliados acelerem o processo de envio das armas e munições prometidas ao país, já que ainda é muito cedo para afirmar que a Ucrânia possui armamento o suficiente para se defender desta invasão.

A briga pelos cereais

O chefe de diplomacia da Ucrânia ainda alertou sobre o “roubo” de cereais por parte dos russos, que estariam tentando vender essas commodities para o exterior. A CNN conseguiu registrar algumas imagens de satélite do porto de Sebastopol, localizado na Crimeia, onde era possível observar dois cargueiros com bandeiras russas sendo abastecidos com cereais. A rede de TV norte-americana apontou que não é possível saber se os grãos que estavam sendo postos nos navios eram roubados ou não, mas a região da Crimeia não é conhecida por produzir uma grande quantidade de cereais.

A Ucrânia é uma das maiores produtoras de trigo do mundo, e acredita-se que o confronto até aqui impediu o escoamento de mais de 20 milhões de toneladas de cereais do país. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, se manifestou recentemente acusando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de utilizar a fome como arma de guerra, já que Moscou deliberadamente ordenou suas forças a bombardear armazéns ucranianos que continham cereais. 

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