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6 impactos da invasão russa à Ucrânia para a economia mundial

No dia 24 de fevereiro a comunidade mundial foi surpreendida com a decisão de Vladimir Putin, presidente da Rússia, de invadir a Ucrânia, deflagrando assim uma guerra entre os dois países. O fato ocorreu após semanas de tensão, que se iniciaram com uma aproximação entre a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a Ucrânia. 

Por conta do conflito, diversos líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, implementaram diversas sanções à Rússia. Com isso, a guerra entre as duas nações tem afetado diversos outros países de todo o mundo – e aqui falamos sobre 6 dos impactos da invasão russa à Ucrânia para a economia mundial.

1. Aumento no preço do petróleo

A Rússia é uma importante exportadora de recursos energéticos, como o gás natural e o petróleo. Estes itens têm passado por elevações de preço impressionantes desde o início do conflito. O composto de óleo Brent, referência mundial, teve um aumento de 20% do preço dos seus contratos futuros de petróleo, onde os barris já chegaram a ser negociados a cerca de US$115. Atualmente, o valor está na faixa dos US$113. Com o aumento no preço do petróleo, os combustíveis estão bem mais caros – e isso afeta negativamente vários setores que dependem do transporte. 

2. Aumento da inflação

A inflação também tem se elevado em vários países, impedindo assim o crescimento econômico dessas nações. Enquanto isso, os bancos centrais de vários países têm buscado alternativas para conter as altas de preço.

No entanto, o ditado “não há nada tão ruim que não possa piorar” é certo, já que, caso o conflito se estenda até 2023, a Rússia pode cortar o fornecimento de gás para vários países da Europa. A nação já fez isso com Finlândia, Polônia e Bulgária. Consequentemente, a inflação na zona do euro pode crescer ainda mais, batendo novos recordes. Atualmente, ela tem se estabelecido em 7,4%, mas a projeção é que atinja os 7,5%, que é a máxima histórica no Velho Continente. 

3. As matérias-primas encareceram

O conflito também tem afetado diretamente as cadeias de suprimentos mundiais, que já andavam saturadas nos últimos tempos. Em conjunto, Rússia e Ucrânia eram as responsáveis por cerca de 14% da produção mundial de trigo, contribuindo para 29% de todas as exportações deste insumo no globo. Com a guerra, os produtos derivados desta matéria-prima aumentaram, fazendo com que o preço da commodity também encarecesse para os fabricantes de alimentos, que repassam esses custos para os consumidores.  

4. Agravamento da insegurança alimentar

Recentemente, o secretário geral das Nações Unidas, António Guterres, veio a público apontar que o conflito entre Rússia e Ucrânia colaborou para o agravamento da crise alimentar mundial e os efeitos podem perdurar por anos caso o cenário não seja mitigado. Segundo Guterres, o conflito tem causado uma escassez de grãos e fertilizantes. Este fator, associado ao aquecimento global e todas as dificuldades advindas da pandemia do Covid-19, faz com que milhões de pessoas entrem em um estado de grave insegurança alimentar. 

5. Aversão ao risco

O mercado mundial reagiu fortemente à guerra entre os países, e as bolsas financeiras globais caíram bruscamente. Com toda a tensão geopolítica envolvendo o conflito, investidores de todo o mundo passaram a adotar uma postura mais cautelosa, preferindo sempre uma estratégia de aversão ao risco. Dessa forma, os investidores têm removido seus aportes de moedas emergentes e migrando para mais seguras, como o dólar, ou adquirindo títulos dos governos e até mesmo ouro. 

6. Companhias brigam para se adaptar ao novo cenário

Apesar das fontes energéticas da Rússia não terem sido alvo de grandes sanções, uma boa parcela das companhias mais importantes de petróleo do mundo está abandonando o país ou cancelando os seus investimentos na região. A ExxonMobil, por exemplo, cancelou o seu projeto na Rússia, o Sakhalin-1, que era visto como um dos maiores investimentos diretos realizados no país. Com isso, a subsidiária da Exxon que era a responsável por tocar o projeto no país saiu da Rússia, encerrando sua atuação na região após mais de 25 anos de operação.

Enquanto isso, outras empresas do setor como Shell, BP e Equinor, também deixaram seus negócios no país, já que a manutenção destas empresas ocasionaria um grande impacto negativo em suas finanças. 

O êxodo empresarial não atingiu apenas companhias do setor petrolífero, já que muitas gigantes da tecnologia, montadoras de carros e eletrônicos, assim como varejistas e companhias áreas já paralisaram suas operações na Rússia há algum tempo. 

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