A atriz Mônica Fraga retornou aos holofotes com a recente reprise no Canal Viva da novela Cara & Coroa (1995), originalmente da Rede Globo. Na época, ela interpretou a personagem Leninha e ganhou uma projeção nacional notável.
No entanto, a atriz decidiu trocar as telinhas pela política, e inclusive foi uma apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, chegando a afirmar durante um bate-papo que alguns atores são “de esquerda marxista”. Saiba mais um pouco mais sobre atriz de Cara & Coroa.
Começo da careira
Os primeiros passos de Mônica Fraga como atriz na TV brasileira se deram no famoso programa Os Trapalhões em 1990, no qual ela integrava o elenco de apoio humorístico e interpretava diversos personagens.
Seu sucesso no programa na ocasião foi tamanho que naquele mesmo ano ela foi convidada para estrelar um ensaio fotográfico na revista Playboy. Em 1991, ela foi a escolhida pelos leitores da revista para ganhar o “Troféu Bumbum”.
No ano seguinte, ela ficou ainda mais conhecida no país ao estrelar a abertura da icônica novela Pedra Sobre Pedra. Nas imagens, ela aparecia completamente nua e pouco a pouco seu corpo se mesclava com paisagens da Chapada Diamantina, na Bahia, local no qual a trama da novela ocorria.
Durante sua carreira como atriz, Mônica trabalhou em diversos sucessos da Rede Globo, como as novelas Tropicalmente (1994), Cara & Coroa (1995), Por Amor (1997), Você Decide (1997-1999), Uga Uga (2000), Senhora do Destino (2004), Paraíso (2009) e Malhação (2010). Além disso, ela também fez parte de elencos de peças de teatro e filmes, até que se afastou do meio artístico e passou a atuar no ramo político.
Entrada na política
Mônica acabou se filiando ao Partido Social Cristão (PSC) em 2022 e se candidatou como deputada federal pelo Rio de Janeiro, mas não foi bem-sucedida em sua empreitada já que não conseguiu a eleição para o cargo.
Foi também nessa época que Mônica usava suas redes sociais para afirmar que era uma “atriz e publicitária, direita bolsonarista e cristã”. Ela ainda se mostrou uma crítica ferrenha ao então ex-presidente Lula. A atriz também conta com um canal no YouTube, em que costumava falar sobre política e atualidades, mas há alguns anos não posta nenhum vídeo.
Entrevista à ArteBelle
Após falhar no pleito de 2022, as postagens de Mônica nas redes sociais têm se voltado para a divulgação de antigos trabalhos seus, como a reprise de Cara & Coroa no Canal Viva, e o anúncio de eventos culturais em que ela sempre está marcando presença.
Recentemente, Mônica concedeu uma entrevista para a Revista ArteBelle, que foi divulgada em seu próprio perfil nas redes sociais. Durante a entrevista, ela falou um pouco sobre como ela acredita que deve ser a ética de trabalho de um ator.
“Creio que o ator tem de se despir de qualquer estereótipo que seja, estar apto e livre para incorporar qualquer tipo de personalidade ou personagem, independentemente de seu posicionamento sobre qualquer coisa”, disse a atriz.
Ela também contou que nunca tentou influenciar as pessoas acerca de qualquer tema, e se todos os atores seguissem esse caminho, não haveria tantos colegas seus de trabalho buscando doutrinar o público.
“Nunca usei minha influência, se é que ela existe (risos), para direcionar opiniões, sobre qualquer assunto. Se todos os atores pensassem assim, não teríamos tantos deles tentando doutrinar as pessoas com suas convicções, o que, diga-se de passagem, em sua grande maioria, são ideologias de esquerda marxista. Eu abomino isso!”, contou Mônica durante a entrevista à Revista ArteBelle.
Opinião forte sobre o feminismo
Em sua entrevista à Revista ArteBelle, Mônica foi perguntada sobre como ela enxerga a situação atual da mulher no Brasil. Conforme a atriz, o empoderamento feminino e a sororidade se distorceram por questões ideológicas, se tornando temas enfadonhos. Para ela, é necessário sentir empatia pelos serem humanos em geral, não importando o seu gênero.
Ela ainda ressalta, que o feminismo já foi extremamente importante, e trouxe coisas boas para a sociedade, mas ao longo dos anos ele também sofreu com a distorção ideológica e se tornou algo raso que não a agrada.